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RESENHA: U’YARA, RAINHA AMAZONA | Blog Claramente Insana

Olá pessoas! A resenha de hoje é muito especial. Irei falar de um livro que me foi enviado diretamente da autora, Margarida Patriota (com autógrafo e dedicatória ♥): U’Yara Rainha Amazona.

 

A história é, obviamente, sobre U’Yara, e conta como foi sua infância, adolescência, e por fim a vida adulta.

 

Tudo se passa num tempo em que havia várias tribos de índios na Amazônia, entre elas a Og, reino de nossa protagonista, e aí que entra algo interessantíssimo. Na tribo Og, os valores são completamente contrários ao machismo recorrente dos dias atuais. Lá, as ogas dominam tudo, e os ogos são renegados, ficando numa posição muito baixa na sociedade (que tem em sua organização um sistema parecido com o de castas).

 

A luta de U’Yara é pela igualdade entre gêneros. E isso não vai ser nada fácil. A troca de valores foi um recurso incrível, um ótimo meio de colocar as coisas sob outra ótica. Um mundo governado por mulheres, não por homens, onde há exclusão total e completa do sexo masculino, não do feminino.

 

Essa situação completamente inusitada nos faz refletir bastante. Eu, que sou (um pouco) feminista, achei bem interessante. O que mais me chamou a atenção desde o início da leitura foi que, apesar de estar classificado como infanto-juvenil, o livro é denso, com uma linguagem que não chega a ser rebuscada, mas tampouco é completamente fluída. Demorei bastante para concluí-lo.

 

Então, se você ficou a fim de ler esse livro porque o considerou fácil, melhor mudar de ideia. A única coisa que me remeteu à infância é o fato d’ele ter sido lindamente ilustrado pela desenhista argentina Juliana Bollini. Os desenhos em grafite deram um toque muito especial à obra. A diagramação feita pela editora Saraiva foi impecável. Não encontrei nenhum erro de português. A letra pode parecer pequena para algumas pessoas, mas para mim estava ok.

 

Mas chega de blábláblá e vamos ao resumo da minha opinião: livro bom e diferente do usual, com um desfecho surpreendente, que eu claramente subestimei achando que iria ser uma leitura leve – não foi. Acima de tudo, U’Yara Rainha Amazona, nos faz perceber que excesso de poder para qualquer parte, sendo ela masculina ou feminina, é ruim, e que devemos lutar pela igualdade sempre. Beijos, Duane.

 

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[RESENHA] U’Yara – Rainha amazona | Blog Coração Leitor

Lugar de mulher é na Tribo Og. Isso mesmo! Porque lá os homens servem apenas para serviços como varrer, limpar e catar piolhos. É nesse lugar que nasce U’Yara, uma garota destemida cheia de ideias pioneiras e boas intenções que, para se tornar rainha, vai ter de engolir muito sapo – ou outro animal qualquer lá da Amazônia. Haja ternura para lidar com os desmandos de Murumu’Xaua, com crenças imutáveis e ultrapassadas e planos terríveis para tirar-lhe o direito ao trono. U’Yara terá de aprender a lidar com o querer de um povo, a mudar tradições arraigadas demais em pensamentos acomodados e, principalmente, a equalizar diferenças promovendo a igualdade, porque, para isso, vale a pena ser a rainha amazona.

U’ Yara, a guerreira, nasceu na Tribo Og um lugar no meio da floresta Amazônica onde quem liderava eram as mulheres. Elas governavam, caçavam, pescavam e lutavam, os homens tinham tarefas especificas como varre o chão, catar piolhos… tudo pensando na qualidade de vida deles que eram vistos como serem frágeis. A mãe de U’Yara morreu logo após seu nascimento e ela foi criada por sua tia Murumu’Xaua que criava as mais difíceis tarefas para a princesa. Logo cedo a jovem desenvolveu formas de lhe dar com os desmandos da tia, aprendeu até suportar a dor. Sua maior alegria era quando podia aproveitar o dia no lago junto de seu amigo.

Mesmo triste com a ausência do amigo a jovem U’Yara de posse de seus 14 anos assume de vez o trono que estava guardado para ela. Como toda adolescente ela aproveita para desfrutar da boa vida que a tia não permitiu que ela tivesse, mas como o passar do tempo ela começa perceber que a tribo Og não funcionava tão bem assim.

U’Yara tinha um amor muito grande por seu pai e ele por ela, mas como havia se casado com sua mãe de leite ele foi obrigado a viver distante da aldeia, e contrário do que conhecemos ser/ter pai não era importante, mais para U’Yara era. Ter o pai por perto era seu maior desejo, mas foi fortemente recusado pelas anciãs. Tomada de coragem e delicadeza ela decide que as coisas precisam mudar, mesmo com pouca idade ela via a vida de outra forma, para ela homens e mulheres deveriam ter os mesmos direitos.

O livro U’Yara Rainha amazona é como nossa floresta rica, bela e precisa ser preservada com amor e carinho, mesmo com a sinopse em mãos não imaginei uma leitura infantil tão rica como esta, a autora nos presenteia com uma história que nos levar a refletir sobre os direitos das mulheres e dos homens também. Afinal, como seria o mundo se os homens fossem submissos?? Iniciando seu projeto de mudanças U’Yara que até mesmos os homens não desejavam que elas ocorressem, seja por costume, medo e até mesmo por acharem que mereciam a vida que tinham.

Nas entrelinhas é visível a história das mulheres durante os séculos mas tendo os homens como protagonistas e devo admitir que nenhum e nem o outro é belo. Margarida Patriota traz um livro que precisa chegar aos nossos pequenos e grandes leitores e agora sonho que ele seja trabalhado em todas as escolas.

Uma leitura leve recheada de humor e reflexões, e para melhorar… Podemos sentir o farfalhar das árvores, ouvir o canto dos pássaros e o uivar do vento, além de correr por entre folhas e galhos e tudo graças a delicada e emocionante escrita da autora que nos insere no meio da natureza. Dois detalhes me chamaram a atenção: primeiro o dialeto criado para a tribo Og e segundo as ilustrações que são lindas, na verdade a diagramação é perfeita.

Será que indico esse livro?? CLARO!!!

Jéssica, é um livro infantil e acho que você falou tudo na resenha… NÃO!!

Acredite existe muito, muito mais nessas 141 páginas. Venha, vamos logo para a Amazônia 😉

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