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FIQUEM COM OS LIVROS!

Aprendi a gostar de ler levada pelos desenhos do belo livro Cazuza, de Viriato Corrêa. Na Capa, bem como entremeando o texto, atraía-me a imagem do Cazuza, aquele menino que segurava as calças curtas num suspensório de alça única. Queria saber a história daquelas ilustrações. Isso aconteceu no Rio de Janeiro, onde nasci e vivi os primeiros anos, na rua Fonte da Saudade. Depois fui mudando de colégio e de países, aprendendo a língua que se fala neles, alem de aprender a tricotar em francês, a ver televisão em inglês, a jogar basquete em espanhol e a rezar em latim quando estudei no colégio interno.

 

Lembro que, em Genebra, Suíça, quinta-feira era dia de folga, e sobrava tempo para pular corda e andar de patinete. Em São Francisco da Califórnia, para ser como todos, saudava a bandeira americana, e estudava matemática trocando os pontos e vírgulas. Na América Central, a terra tremeu, tive de escrever com o sinal de interrogação virado para baixo e o acento agudo contrariando as regras da nossa língua. Sorte minha que nas mudancas de colégio e de países por onde andei – até parar em Brasilia – nunca deixei de levar comigo O Sítio do Pica-pau Amarelo e a Coleção Menina e Moca, que me deram força para ser uma escritora brasileira.

RESENHA: U’YARA, RAINHA AMAZONA | Blog Claramente Insana

Olá pessoas! A resenha de hoje é muito especial. Irei falar de um livro que me foi enviado diretamente da autora, Margarida Patriota (com autógrafo e dedicatória ♥): U’Yara Rainha Amazona.

 

A história é, obviamente, sobre U’Yara, e conta como foi sua infância, adolescência, e por fim a vida adulta.

 

Tudo se passa num tempo em que havia várias tribos de índios na Amazônia, entre elas a Og, reino de nossa protagonista, e aí que entra algo interessantíssimo. Na tribo Og, os valores são completamente contrários ao machismo recorrente dos dias atuais. Lá, as ogas dominam tudo, e os ogos são renegados, ficando numa posição muito baixa na sociedade (que tem em sua organização um sistema parecido com o de castas).

 

A luta de U’Yara é pela igualdade entre gêneros. E isso não vai ser nada fácil. A troca de valores foi um recurso incrível, um ótimo meio de colocar as coisas sob outra ótica. Um mundo governado por mulheres, não por homens, onde há exclusão total e completa do sexo masculino, não do feminino.

 

Essa situação completamente inusitada nos faz refletir bastante. Eu, que sou (um pouco) feminista, achei bem interessante. O que mais me chamou a atenção desde o início da leitura foi que, apesar de estar classificado como infanto-juvenil, o livro é denso, com uma linguagem que não chega a ser rebuscada, mas tampouco é completamente fluída. Demorei bastante para concluí-lo.

 

Então, se você ficou a fim de ler esse livro porque o considerou fácil, melhor mudar de ideia. A única coisa que me remeteu à infância é o fato d’ele ter sido lindamente ilustrado pela desenhista argentina Juliana Bollini. Os desenhos em grafite deram um toque muito especial à obra. A diagramação feita pela editora Saraiva foi impecável. Não encontrei nenhum erro de português. A letra pode parecer pequena para algumas pessoas, mas para mim estava ok.

 

Mas chega de blábláblá e vamos ao resumo da minha opinião: livro bom e diferente do usual, com um desfecho surpreendente, que eu claramente subestimei achando que iria ser uma leitura leve – não foi. Acima de tudo, U’Yara Rainha Amazona, nos faz perceber que excesso de poder para qualquer parte, sendo ela masculina ou feminina, é ruim, e que devemos lutar pela igualdade sempre. Beijos, Duane.

 

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[RESENHA] U’Yara – Rainha amazona | Blog Coração Leitor

Lugar de mulher é na Tribo Og. Isso mesmo! Porque lá os homens servem apenas para serviços como varrer, limpar e catar piolhos. É nesse lugar que nasce U’Yara, uma garota destemida cheia de ideias pioneiras e boas intenções que, para se tornar rainha, vai ter de engolir muito sapo – ou outro animal qualquer lá da Amazônia. Haja ternura para lidar com os desmandos de Murumu’Xaua, com crenças imutáveis e ultrapassadas e planos terríveis para tirar-lhe o direito ao trono. U’Yara terá de aprender a lidar com o querer de um povo, a mudar tradições arraigadas demais em pensamentos acomodados e, principalmente, a equalizar diferenças promovendo a igualdade, porque, para isso, vale a pena ser a rainha amazona.

U’ Yara, a guerreira, nasceu na Tribo Og um lugar no meio da floresta Amazônica onde quem liderava eram as mulheres. Elas governavam, caçavam, pescavam e lutavam, os homens tinham tarefas especificas como varre o chão, catar piolhos… tudo pensando na qualidade de vida deles que eram vistos como serem frágeis. A mãe de U’Yara morreu logo após seu nascimento e ela foi criada por sua tia Murumu’Xaua que criava as mais difíceis tarefas para a princesa. Logo cedo a jovem desenvolveu formas de lhe dar com os desmandos da tia, aprendeu até suportar a dor. Sua maior alegria era quando podia aproveitar o dia no lago junto de seu amigo.

Mesmo triste com a ausência do amigo a jovem U’Yara de posse de seus 14 anos assume de vez o trono que estava guardado para ela. Como toda adolescente ela aproveita para desfrutar da boa vida que a tia não permitiu que ela tivesse, mas como o passar do tempo ela começa perceber que a tribo Og não funcionava tão bem assim.

U’Yara tinha um amor muito grande por seu pai e ele por ela, mas como havia se casado com sua mãe de leite ele foi obrigado a viver distante da aldeia, e contrário do que conhecemos ser/ter pai não era importante, mais para U’Yara era. Ter o pai por perto era seu maior desejo, mas foi fortemente recusado pelas anciãs. Tomada de coragem e delicadeza ela decide que as coisas precisam mudar, mesmo com pouca idade ela via a vida de outra forma, para ela homens e mulheres deveriam ter os mesmos direitos.

O livro U’Yara Rainha amazona é como nossa floresta rica, bela e precisa ser preservada com amor e carinho, mesmo com a sinopse em mãos não imaginei uma leitura infantil tão rica como esta, a autora nos presenteia com uma história que nos levar a refletir sobre os direitos das mulheres e dos homens também. Afinal, como seria o mundo se os homens fossem submissos?? Iniciando seu projeto de mudanças U’Yara que até mesmos os homens não desejavam que elas ocorressem, seja por costume, medo e até mesmo por acharem que mereciam a vida que tinham.

Nas entrelinhas é visível a história das mulheres durante os séculos mas tendo os homens como protagonistas e devo admitir que nenhum e nem o outro é belo. Margarida Patriota traz um livro que precisa chegar aos nossos pequenos e grandes leitores e agora sonho que ele seja trabalhado em todas as escolas.

Uma leitura leve recheada de humor e reflexões, e para melhorar… Podemos sentir o farfalhar das árvores, ouvir o canto dos pássaros e o uivar do vento, além de correr por entre folhas e galhos e tudo graças a delicada e emocionante escrita da autora que nos insere no meio da natureza. Dois detalhes me chamaram a atenção: primeiro o dialeto criado para a tribo Og e segundo as ilustrações que são lindas, na verdade a diagramação é perfeita.

Será que indico esse livro?? CLARO!!!

Jéssica, é um livro infantil e acho que você falou tudo na resenha… NÃO!!

Acredite existe muito, muito mais nessas 141 páginas. Venha, vamos logo para a Amazônia 😉

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A saga da rainha amazona | Blog Clara Arreguy

Margarida Patriota é uma escritora de Brasília que muito admiro e que me encanta a cada novo livro. “U’Yara, rainha amazona” (Saraiva), que terá um trecho lido nesta terça (25) no projeto “A Voz do Autor”, na Le Calmon, parceria da livraria com nosso Instituto Casa de Autores, é um delicioso romance para jovens.
 
Mas para leitores de qualquer idade, claro. Como em outros livros de sua autoria, Margarida domina a narrativa e mergulha na personalidade de sua protagonista, recriando tempo, costumes e linguagem, sem perder o senso de humor, marca da sua elegância.
 
U’Yara é uma menina que nasceu para liderar sua tribo – de cultura dominante feminina. Por ter perdido a mãe no nascimento, acaba criada por uma tia malvada. Mas a infância de agruras ajuda a forjar seu caráter guerreiro, sem lhe tirar o idealismo que a inspira a procurar modificar o mundo, seu mundo, dividido entre castas dos que podem tudo e dos que nada podem.
 
Com informações, verve, narrativa elaborada e sempre surpreendente, “U’Yara, rainha amazona” vai muito além do romance juvenil, com qualidades para agradar a todos os leitores. E inclusive os jovens que queiram uma experiência menos rasa e rasteira, com substância e valor.

Resenha livro U’yara, rainha amazona | Ensaio para um Romance

Hoje trago a história de U’yara – confesso que adquiri o livro por causa do nome ser igual a meu :)- uma menina indígena que passa por poucas e boas com a sua tia Murumu rainha provisória da Tribo Og. Tudo isso porque o lugar de rainha na tribo já é seu de fato, embora Murumu tentar de todas as maneiras – até humilhantes tirar o reinado da princesa/rainha U’Yara a índia mais esperta que a tribo já teve.

 

A autora Margarida Patriota nos presenteia com uma história de riqueza exemplar. A leitura é de nível médio, mas com um bom dicionário ao seu lado irá conseguir caminhar tranquilamente pelas aventuras de U’Yara juntamente com o seu melhor amigo Mandi.

 

“ Maltratar a herdeira nas solas dos pés faz Murumu salivar de gosto. ” (trecho do livro, pág. 33)

 

Só daí dá para imaginar a tamanha maldade dessa tia tão egoísta. Isso porque é de certo, Murumu achar que submetendo a sobrinha a esses tipos de situações arriscadas, ela estaria lhe dando o polimento necessário para governar.

 

Outra passagem interessante da obra é quando a autora nos explica o porquê das atitudes de Murumu e do comportamento da U’yara diante dos pedidos excêntricos de sua tia. É uma aventura muito legal, e cheia de emoções. Recomendo esta obra que foi publicada pelo selo Saraiva 100 anos – Coleção Jabuti.

 

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